O cãozinho Fórrócócó não nasceu na Quinta do Amor, fora para lá levado muito pequenino pelo Manel Jardineiro, e um dia hão de saber. Estava sempre no seu posto. Altivo, entroncado, orelhas despertas, sempre esfomeado, pelo castanho bem tratado. O fórró era o guardador da Quinta do Amor onde quem lá entrava sabia que ele tudo controlava e só descansava para um bom ossobuco comer, e assim que o acabava de fazer, logo ao seu posto voltava.
Ele era o fiel guardador da quina sempre cheia de cor, sempre cheia de vida, onde quem lá ia por ele tinha de passar, o cumprimentar e, porque não, um bom ossobocã lhe deixar? E com os seus filhinhos Coelhinha e Baltazar sempre sobre a tolerância da sua mulher muitas aventuras vivem.
Não se esqueçam sempre que o nosso Fórrócócó visitarem levam sempre um bom ossobuco sem osso e os comprimentos são assim: “Por favor entrem, entrem, têm aqui muito por onde se divertir, por onde se entreter. “Sempre à espera do jantar, que a Diksy sua mulher haveria de fazer, sempre com muito prazer. E eu, o Supremíssimo sempre desejo: Meninas e meninos, pequeninas e crescidos gostaram desta estória saber?
Ilustrações de Luiz Pereira.
Coleção Infantojuvenil n.º 2 (GAGICRC Media Press)
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Livro «O Pretinho» de Jorge Campos
O Pretinho nasceu na Quinta do Amor. Aquela onde o cãozinho Fórrócócó é incansável guardador. Filho da rainha do Reino do Lago, a pata Branca, cedo ficou sozinho e apenas procurava amiguinho para com ele brincar. Afinal ainda era um patinho, como poderia por agora reinar? Ele encontrou o menino que o viria salvar.
O povo das carpas julgando vir ele a tornar-se um tirano por vezes o faziam sofrer mas, o Pretinho apenas esperava feliz crescer para melhor que a sua mãe poder reinar.
O Reino do Lago era um reino tão lindo que até as libélulas azuis e vermelhas de asas sem cor, as azáleas, os sapos, e os pássaros de tantos brilhos se alegravam por àquele lago pertencer.
O menino, vocês irão ver, chegou para o Pretinho alegrar e como vos irei contar muitos amiguinhos pela vida o nosso amiguinho haveria de fazer e no final supremíssimo pergunta assim:
Então meninas e meninos, pequeninas e crescidos gostaram de esta estória saber?
Ilustrações de Luiz Pereira.
Coleção Infantojuvenil n.º 1 (GAGICRC Media Press).